SEJAM BEM-VINDOS!

"Só existirá democracia no Brasil no dia em que se montar no país a máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a da escola pública". (Anísio Teixeira)

02 abril 2010

O DEVER DOS PAIS


Quase pedagógos, vejam como o empenho dos pais pode melhorar o desempenho dos alunos nas escolas. É o que afirma o professor-pesquisador Cláudio Castro em colóquio realizado na conferência nacional de educação. O interessante é que ele fez uma comparação entre o Brasil, Japão e a Córeia no apreendizado desses alunos. É uma informação importante para incentivar a presença dos pais na vida escolar dos filhos.

O Papel da família para o desempenho dos filhos na escola


Atitudes simples dos pais, como conversar com os filhos e acompanhar o dever de casa, podem influenciar substancialmente a vida escolar de meninos e meninas. A constatação é do professor Cláudio de Moura Castro, que participou do colóquio Processos Educativos, Ampliação do Atendimento da Educação e Tecnologias da Informação. O debate ocorreu durante a Conferência Nacional de Educação (Conae), em Brasília.
O professor fez uma comparação entre hábitos familiares em países asiáticos como Coréia e Japão e no Brasil. De acordo com ele, o desempenho acima da média dos alunos desses países, em avaliações internacionais como o Pisa, está intimamente relacionado ao envolvimento dos pais no acompanhamento da vida escolar dos filhos.
“Entre 70% e 80% dos resultados escolares se deve a fatores ligados à família”, avaliou. De acordo com Cláudio, no Japão e na Coréia os pais gastam cerca de 30% de seu orçamento com a educação dos filhos – mesmo que os sistemas de educação desses países seja público – ao pagar, por exemplo, aulas de reforços. “Isso é mais do que esses governos gastam com as escolas públicas.” Segundo o professor, 83% dos alunos da Coréia estão em cursos de reforços.
Outro ponto considerado positivo pelo pesquisador é que os alunos coreanos, além de terem aulas de reforço, passam mais tempo na escola: cerca de dez horas, contra cinco dos brasileiros. “Eles também lêem mais e vêem menos televisão do que os brasileiros”, disse. De acordo com ele, no Brasil, em média, os estudantes, quando estão em casa, passam quatro horas em frente à tevê e apenas uma estudando.
Para ajudar o filho a melhorar o desempenho, aconselha o pesquisador, bastam medidas simples como acompanhar o dever de casa, incentivar a leitura nas férias e conversar muito com os filhos. “O pai tem que saber o que ocorre na escola e o acompanhamento do dever de casa é o diálogo do pai com a escola”, acredita.
De acordo com as pesquisas de Cláudio, os pais que ajudam com o dever, verificam as correções dos professores e conversam bastante com os filhos, mesmo sobre assuntos não ligados à escola, mostram interesse pela vida dos filhos e incentivam uma rotina de estudos, influenciando positivamente no desempenho escolar. É o que ocorre na Coréia e no Japão, onde, segundo o professor, há uma profunda crença de que o estudo pode melhorar substancialmente a vida das pessoas.

Fonte: Portal MEC

31 março 2010

PROFESSORES A KM DE DISTÂNCIA

E aí turma! Nós que estamos saindo agora, o que vocês acham da formação de professores a distância. Será que as instituições e os cursos oferecidos a distância estão mesmo comprometidos com a formando de educadores para educar ou é apenas mercantilismo ? Vamos contribuir para o debate, dê sua opinão!

A formação de professores em cursos de educação a distância está longe de um consenso entre os educadores que participam da Conferência Nacional de Educação (Conae). Os defensores da modalidade afirmam que essa é a única forma de garantir o ensino universitário aos que vivem em regiões de difícil acesso e os que são contra salientam a falta de qualidade dos cursos. A diretora do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul e presidente do Conselho Estadual de Educação, Cecília Farias, critica a formação de professores em cursos de educação a distância. Para ela, é preciso haver formação presencial do futuro professor. "Nos cursos de pós-graduação, não há problema [com a distância], mas, para a formação inicial, somos contra." A professora ressaltou que várias instituições privadas não estão oferecendo cursos de qualidade e que existe muita mercantilização". "Os objetivos são apenas financeiros." A coordenadora-geral de Formação da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Helena de Freitas, que também participa da Conae, lembra que a escola deve ser vinculada à sociedade e que muitos cursos a distância são de baixa qualidade. "Temos que examinar que tipo de professores são formados nesses cursos. Um encontro presencial é limitado no tempo e no espaço e distante da realidade da sociedade", disse ela.
Segundo o Ministério da Educação, há 800 mil pessoas fazendo cursos de educação a distância – 600 mil em escolas privadas e 200 mil em instituições públicas. O secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos Biechoviski, disse que o ministério está exercendo um papel rigoroso na supervisão e regulação de tais cursos.
"O curso a distância permite que pessoas que morem nos rincões mais distantes se formem. Estamos sendo rígidos na supervisão dos cursos. Hoje mesmo foi descredenciada uma instituição de ensino e na semana passada tivemos outra faculdade", afirmou Biechoviski.
Fonte: Agência Brasil

29 março 2010

ESCOLA ANACRÔNICA

Em palestra hoje na Conferência Nacional de Educação, a secretária de educação básica do MEC Maria Lacerda afirmou que a escola brasileira é anacrônica. O que vocês acham dessa declaração? Para opinar leiam o texto abaixo e tire suas conclusões.

Grandes temas em discussão

Um dos grandes temas em debate na Conferência Nacional de Educação (Conae), que ocorre até quinta-feira em Brasília, é a questão do investimento em educação. O evento deve aprovar uma proposta para que seja investido 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no ensino público. Mas para a secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Maria do Pilar Lacerda, é preciso antes discutir “qual é o projeto de escola para o país”.
Na avaliação de Pilar, a escola brasileira hoje não atende as necessidades das novas gerações. “É uma escola anacrônica para crianças e jovens digitais”, afirma. Para a secretária, o atual projeto não funciona para a atual geração e precisa de reformas.
Ela participou hoje de um colóquio sobre a ampliação da obrigatoriedade do ensino, aprovada ano passado pelo Congresso Nacional. A partir de 2016, as crianças deverão ser matriculadas aos 4 anos e só poderão deixar as escolas após concluírem o ensino médio, aos 17 anos.
Para a transformação do atual modelo da escola, seria necessário modificar diferentes etapas e processos da educação. “Você precisa mudar a formação de professores, os equipamentos das escolas, as diretrizes curriculares”, disse.
Pilar defendeu que aumentar o financiamento é “muito necessário”, mas mais recursos não resolvem os problemas do ensino público “sozinhos”.“Não há solução simples para problemas complexos”, afirmou.


Fonte: Agência Brasil