SEJAM BEM-VINDOS!

"Só existirá democracia no Brasil no dia em que se montar no país a máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a da escola pública". (Anísio Teixeira)

12 março 2010

ALERTA! SAIU NO JB ONLINE


Blogueiros da pedagogia leiam a matéria reproduzida nesse blog e publicada no JB no dia 03.02.10. Ela chama a atenção para o uso excessivo da internet. Não deixem de comentar!

"Uso excessivo da internet é sinal de depressão"

Pessoas que ficam o tempo todo plugadas na internet têm mais tendência à depressão. É o que afirmam pesquisadores da universidade de LEEDS, na Inglaterra: pessoas consideradas viciadas em internet são cinco vezes mais deprimidas do que o internauta padrão. A pesquisa examinou 1.319 pessoas com idades entre 16 e 61 anos. Nossa pesquisa indica que o uso excessivo da internet está associado com depressão, mas o que não sabemos é o que vem primeiro. Se as pessoas depressivas são atraídas pela internet ou se o uso da rede causa depressão – diz Catriona Morrison, uma das autoras do estudo. – Agora precisamos investigar a natureza desta relação e avaliar a questão da causa. Segundo os cientistas que elaboraram o estudo, usuários que fazem uso compulsivo da internet substituem a interação social no mundo real pelo virtual, em redes sociais ou chats. O grupo dos “viciados em internet” é formado principalmente por usuários mais jovens, com média de idade de 21 anos.

11 março 2010

REUNIÃO NO IERP


No dia dez de março de dois mil e dez, foi realizado a nossa primeira reunião com os estagiários, coordenadores e professores da instituição.

Contamos com a presença da nossa professora Mestre Socorro, que foi a mediadora desse encontro, os estagiários (a) : Sayonara, Fernando, Eliana, Liliane Frões, Graziele, Luana Quinto, Ivonélia, Janiny, Thiara e Aline Silva.

Essa reunião teve como pauta:

  • Apresentação do corpo docente aos estagiários;
  • Apresentação do cronograma;
  • Momentos de reflexões;
  • Falar do nosso projeto de estágio, pontuando a importância da parceria estabelecida na consecução dos nossos objetivos;
  • Explicar para os docentes da instituição que o estágio não é aplicação de teorias e nem é momento de aplicação de técnicas;
  • Definição do tema do projeto.

Esse encontro foi muito importante pra todos nós, principalmente a maneira como foi conduzido pela professora Socorro, que parabenizo pela tamanha organização e inovação dos trabalhos desenvolvidos. Então, o projeto decidido entre os professores foi Projeto de Leitura, focando dois gêneros: fábula e música.

Foi uma tarde muito significativa, onde colegas reencontraram com ex-professoras, foi muito bacana!

10 março 2010

MATEMÁTICA DA VIDA

Literatura de Cordel
Francisco Ferreira Filho Diniz






Em tudo na vida a gente

Precisa equacionar

Na matemática diária
Sempre com ética usar
A adição, o subtrair,
O dividir, o multiplicar.

Multiplicar o amor
Realizar a divisão
Da terra e do trabalho,
Principalmente do pão
Para então se acabar
Com a social exclusão.

Subtrair o descaso
Que se tem pela pobreza;
Fazer a adição correta
Do alimento sobre a mesa
Para suprir com urgência
A fome, que é uma tristeza


FUGINDO DA SALA DE AULA

Colegas, façam seus comentários sobre a pesquisa feita pela fundação Victor Civita e divulgada pela revista nova escola (Docência: uma carreira desprestigiada), onde é sintetizada mais uma preocupação para a educacão brasileira.

Docência: uma carreira desprestigiada

Levantamento realizado pela Fundação Victor Civita comprova uma percepção alarmante: a profissão docente não é considerada uma opção atraente pelos estudantes do Ensino Médio. Apenas 2% desejam cursar Pedagogia ou Licenciatura. 

Embora essa impressão tenha se espalhado até mesmo entre quem não é da área, faltava dimensionar com contornos mais nítidos a extensão do problema. A área de Estudos e Pesquisas da Fundação Victor Civita (FVC) encomendou à Fundação Carlos Chagas (FCC) um mergulho no tema e os dados comprovam: apenas 2% dos estudantes que estão concluindo o Ensino Médio têm como primeira opção no vestibular graduações diretamente relacionadas à atuação em sala de aula - Pedagogia ou alguma Licenciatura. Outros 9% mencionam a intenção de cursar disciplinas da Educação Básica, como Letras, História e Matemática, o que não garante que venham a se interessar por lecionar.




Pedagogia e Licenciaturas são a escolha de apenas 2% dos entrevistados.
  










Fonte: Revista Novaescola

08 março 2010

A PESQUISA COMO EIXO DE FORMAÇÃO DOCENTE



Maria Tereza Esteban
Edwiges Zaccur


“Até bem pouco tempo, ninguém questionaria o estatuto exclusivamente acadêmico do pesquisador, tendo em vista que pesquisa pressupõe uma fundamentação teórica consistente, uma ampla leitura crítica da bibliografia especializada; enfim, uma longa estrada construída no espaço acadêmico. Como, de repente, aceitar que um professor da escola básica (um enseignant, como querem os franceses, marcando diferença com o professeur) se improvise como pesquisador? Na contra hegemonia, porém, vem crescendo um movimento questionador e propositivo.” (Esteban e Zaccur)

Esteban e Zaccur criticam que mesmo com todo avanço na literatura brasileira, as escolas ainda é excludente, produzindo analfabetos, analfabetos funcionais e iletrados. Em seguida elas questionam o papel da professora da escola básica? Seria ela apenas uma consumidora passiva de conhecimento produzido pelos pesquisadores acadêmicos?
Seguindo, o texto nos trás que muitas vezes o discurso pedagógico é prontamente assimilado, mas não chega a revitalizar a prática, outras vezes provoca resistência das professoras que, fechada a porta da sala de aula, voltam às práticas consolidadas, mas segundo as autoras há ainda casos, em que a ação pedagógica se “renova”, mas na realidade vive-se a mudança pela não mudança, confiantes na modernidade do “novo” fazer.
Estebam e Zaccur  critica também aquele pesquisador, que reflete sobre dados da realidade e formula os direcionamentos da ação tendo como instrumento de trabalho a teoria, se encontra fora da sala de aula e, até mesmo, do cotidiano escolar, nesse aspecto a pesquisa é entendida como o momento do pensar: pensar para orientar o fazer dos outros.
 Em suma, as autoras salientam que esta visão permanece dominante nos cursos de formação de professores, tanto no ensino médio, quanto na universidade. As autoras também vem a criticar sobre as disciplinas teóricas que é dada no início do curso, pois além de pouco contribuir para a reflexão sobre o processo ensino-aprendizagem e sobre as relações entre a prática pedagógica e o contexto social em sua totalidade, e ainda assim são entendidas como a “base” para a atividade docente. E por último, “o estágio que é colocado no final do curso, freqüentemente solado das disciplinas, entendido como o momento de treinamento para a efetiva ação docente.”
As autoras relatam que os resultados desta segmentação é bastante conhecido por aqueles que vivem o cotidiano escolar. “Os conhecimentos adquiridos, chamados teóricos, quando confrontados às exigências colocadas pela prática cotidiana se mostram insuficientes e, muitas vezes inúteis.”
Para Esteba e Zaccur a concepção de professor pesquisador “apresenta formas concretas de articulação, tendo a prática como ponto de partida e como finalidade, sem que isto signifique a supremacia da prática sobre a teoria.”. Para elas a centralidade de todo o processo de formação está no questionamento.
Elas destacam que “é fundamental que o professor (a) se instrumentalize para observar, questionar e redimensionar seu cotidiano. E que esse movimento só se torna concreto através do permanente diálogo prática-teoria-prática.
A teoria funciona como lentes que são postas diante de nossos olhos, nos ajudando a enxergar o que antes não éramos capazes. (Moran, 1999). Portanto, ao olhar um objeto, podemos percebê-lo de diferentes maneiras, dependendo das lentes que usamos. A teoria é proposta como um instrumento que ajuda a olhar e aprender o real.
Entretanto, as autoras afirmam que:
·         A prática é o ponto de partida, pois dela emergem as questões, as necessidades e as possibilidades, ou seja, a prática esboça os caminhos a percorrer.
·         A prática é o local de questionamento, do mesmo modo que é objeto deste questionamento, sempre mediado pela teria. Desta perspectiva, a prática se transforma em práxis, ou seja, síntese teoria prática.

Esteban e Zaccur criticam que mesmo com todo avanço na literatura brasileira, as escolas ainda é excludente, produzindo analfabetos, analfabetos funcionais e iletrados. Em seguida elas questionam o papel da professora da escola básica? Seria ela apenas uma consumidora passiva de conhecimento produzido pelos pesquisadores acadêmicos?
Seguindo, o texto nos trás que muitas vezes o discurso pedagógico é prontamente assimilado, mas não chega a revitalizar a prática, outras vezes provoca resistência das professoras que, fechada a porta da sala de aula, voltam às práticas consolidadas, mas segundo as autoras há ainda casos, em que a ação pedagógica se “renova”, mas na realidade vive-se a mudança pela não mudança, confiantes na modernidade do “novo” fazer.

Estebam e Zaccur  critica também aquele pesquisador, que reflete sobre dados da realidade e formula os direcionamentos da ação tendo como instrumento de trabalho a teoria, se encontra fora da sala de aula e, até mesmo, do cotidiano escolar, nesse aspecto a pesquisa é entendida como o momento do pensar: pensar para orientar o fazer dos outros.
 Em suma, as autoras salientam que esta visão permanece dominante nos cursos de formação de professores, tanto no ensino médio, quanto na universidade. As autoras também vem a criticar sobre as disciplinas teóricas que é dada no início do curso, pois além de pouco contribuir para a reflexão sobre o processo ensino-aprendizagem e sobre as relações entre a prática pedagógica e o contexto social em sua totalidade, e ainda assim são entendidas como a “base” para a atividade docente. E por último, “o estágio que é colocado no final do curso, freqüentemente solado das disciplinas, entendido como o momento de treinamento para a efetiva ação docente.”
As autoras relatam que os resultados desta segmentação é bastante conhecido por aqueles que vivem o cotidiano escolar. “Os conhecimentos adquiridos, chamados teóricos, quando confrontados às exigências colocadas pela prática cotidiana se mostram insuficientes e, muitas vezes inúteis.”

Para Esteba e Zaccur a concepção de professor pesquisador “apresenta formas concretas de articulação, tendo a prática como ponto de partida e como finalidade, sem que isto signifique a supremacia da prática sobre a teoria.”. Para elas a centralidade de todo o processo de formação está no questionamento.
Elas destacam que “é fundamental que o professor (a) se instrumentalize para observar, questionar e redimensionar seu cotidiano. E que esse movimento só se torna concreto através do permanente diálogo prática-teoria-prática.
A teoria funciona como lentes que são postas diante de nossos olhos, nos ajudando a enxergar o que antes não éramos capazes. (Moran, 1999). Portanto, ao olhar um objeto, podemos percebê-lo de diferentes maneiras, dependendo das lentes que usamos. A teoria é proposta como um instrumento que ajuda a olhar e aprender o real.
Entretanto, as autoras afirmam que:
·         A prática é o ponto de partida, pois dela emergem as questões, as necessidades e as possibilidades, ou seja, a prática esboça os caminhos a percorrer.
·         A prática é o local de questionamento, do mesmo modo que é objeto deste questionamento, sempre mediado pela teria. Desta perspectiva, a prática se transforma em práxis, ou seja, síntese teoria prática.

POR QUE O ESTÁGIO PARA QUEM NÃO EXERCE O MAGISTÉRIO: O APRENDER A PROFISSÃO

Síntese do texto: Maria Socorro Lecena lima
Selma Garrido Pimenta

As autoras trás nesse texto uma rica discussão, que perpassa desde a preocupação de profissionais de várias áreas do conhecimento em ter um diploma ou adquirir uma certificação, e aos alunos que não exercem o “magistério” e se ver diante de tantas dificuldades por não ter tido nenhuma experiência na área. Então, nesse capítulo as autoras propõem refletir sobre as especificidades do estágio e da prática de ensino para quem ainda não exerce o magistério, trazendo também: elementos para a compreensão do estágio como oportunidade de aprendizagem da profissão docente e de construção da identidade profissional; busca evidenciar o verdadeiro sentido da profissão, o que é ser professor na sociedade em que vivemos, como ser professor, a escola concreta, a realidade dos alunos nas escolas de ensino fundamental e médio, a realidade dos professores nessas escolas, entre outros.
Esse capítulo também contempla mais quatro subtítulos como: Perspectivas e dificuldades do estágio para quem não é professor; Universidade, estágio e escola: um trânsito entre diferentes culturas institucionais; Sobre ensinar e aprender a profissão docente, e no último subtítulo é: Para finalizar: sugestões, caminhos, possibilidades.

Ponto de vista: Percebemos que o maior entrave do curso de Pedagogia ainda é o estágio, pois a “obrigatoriedade” de fazê-lo nos remete aos conteúdos abordados durante o curso, recorrendo aos teóricos para que possamos lhe dar com uma realidade que estar posta, onde há uma grande necessidade de se ter no mínimo um pouco de domínio de tais reflexões para que se faça um bom estágio. Acredito que não é apenas a falta de preparo didático que faz com que o estágio seja tão temido, mas talvez o medo do novo do que irá encontrar na sala de aula, o desconhecimento da realidade vivida, que talvez se resuma na falta de convívio e de uma participação ativa na sociedade que a todo o momento vivencia-se uma nova realidade.

OFICINA DE BLOG – 01/03/2010


Esta oficina de blog foi mediada pela professora Socorro, permitindo que todos os alunos Participassem desses “novos arranjos da sociedade contemporânea.”
A professora deixou de maneira clara explicando:
O objetivo do trabalho, buscando superar uma visão TIC meramente instrumental, para a utilização das mesmas como estruturantes de novas educações, onde autoria e produções dos sujeitos envolvidos se destacam.

E também explicou que o trabalho com os blogs, visa:

  • Fomentar a reflexão partilhada sobre a prática pedagógica no estágio
  • Inserir os alunos de pedagogia no contexto da cibercultura
A professora destacou que o trabalho com o blog na disciplina de estágio tem como foco principal:
  • Servir de espaço de reflexão sobre a itinerância discente e docente;
  • Potencializar o processo de colaboração entre os alunos.
A oficina foi bem produtiva, todos os alunos estavam interessados.

O que é o blog do estágio?

É o registro da história do futuro pedagogo, especialmente o que foi aprendendo durante o Curso de Pedagogia.
É o local de expressão da construção da sua identidade profissional durante o processo de ensino aprendizagem.
É o local em que ele vai anotando suas emoções, descobertas, sucessos e insucessos que marcam sua itinerância pedagógica.
É o relato das adaptações e modificações que o estudante vai fazendo na maneira de trabalhar na sala de aula.
É o espaço em que o estagiário vai registrar suas reflexões sobre os vários momentos do curso e acerca de sua própria ação.
O blog é, portanto, uma interface rica e dinâmica, elaborada de forma gradual pelo estagiário, no qual devem estar presentes os acertos, as vitórias, os avanços, mas também as falhas, os momentos de desânimo, as dúvidas.
É uma espécie de “diário”, no qual o estagiário vai escrevendo sobre o que está sentindo, refletindo, vivenciando. E é nesse “diário” que ele vai construindo sua identidade profissional.


COSTURANDO A NOSSA TRAJETÓRIA EM UMA COLCHA DE RETALHO

O primeiro encontro dos alunos de pedagogia do VIII semestre foi muito encantador. Primeiro conhecemos as professoras de estágio que é Socorro e Edjane, porém a professora Edjane já conhecíamos, pois havia nos ensinado em outra disciplina.
As professoras nos proporcionaram uma aula riquíssima, trouxeram uma pedaço de tecido em forma de um quadrado, retalho de tecido, linhas, agulhas, tesoura, fitas e cola para fazermos uma dinâmica. A princípio elas passaram um trecho do filme “Forrest Gump, o contador de histórias” em seguida pediu que a gente pegasse um pedaço daquele tecido, retalhos, fitas, enfim o que quiséssemos para a gente construir uma colcha de retalho.

A idéia era que cada aluno contasse através do seu retalho a sua trajetória no magistério, e o que serviu de alicerce para ajudar a cada um de nós alcançarmos o objetivo desejado. Então, fomos costurando o nosso retalho ao som de músicas infantis, no qual estas permearam toda a nossa infância. Foi um momento para mim muito emocionante, a cada música tocada me lembrava algo lá no meu passado.
Para finalizar a aula, cada aluno apresentava o que significava o seu retalho. Houve uma grande interação entre alunos e professores.

MINHA HISTÓRIA DE VIDA




Infância...

A minha infância foi maravilhosa, me lembro que eu ficava ansiosa para ir à escola, mas a minha mãe dizia que eu só poderia ir quando completasse os meus quatro anos e foi com essa idade que eu conheci e me encantei pela escola, pois fiz muitos colegas e os meus professores eram muito bons, pois eles contavam histórias e ensinavam bastantes músicas, a gente pintava, desenhava, cortava e colava várias coisas. Lembro-me que fui alfabetizada pelo antigo ABC (método sintético), partindo das “parte para o “todo”. Através do método alfabético, conhecido também como soletração, que tem como princípio de que a leitura parte da decoração oral das letras do alfabeto, depois, todas as suas cominações silábicas e, em seguida, as palavras. Quando eu aprendi a ler fiquei muito feliz, pois ao passar na rua eu não agüentava ver as palavras nas paredes que lia tudo, era muito encantador!

Do primário ao primeiro grau... Hoje Ensino Fundamental I e II


No período da primeira a quarta série os estudos se tornaram mais difíceis, duas coisas que marcaram esse tempo foi a famosa tabuada, ê tempo duro! Se o aluno errasse não iria para o recreio; outra coisa foi a inesquecível argüição, a professora sorteava cinco alunos para ficar em frente a ela na sua mesa para responder as perguntas que ela fazia sobre determinado assunto, pois quem errasse além de não merendar tinha que ficar lendo o assunto na sala, ô castigo. Além disso, tinha muitas coisas boas, o que eu não esqueço era das gincanas, das competições entre as escolas, em fim, momentos estes inesquecíveis.
Durante o meu percurso da 5ª a 8ª série do primeiro grau, conhecido assim naquela época não tive grandes dificuldades, sempre fui uma boa aluna. Os professores trabalhavam muito com questionários, argüição, testes, provas, trabalhos, pesquisas entre outras atividades. Nessa época a relação professor-aluno era de muito respeito, tinha um ou outro engraçadinho, mas a professora mandava para secretaria e chamava o pai desse aluno para comparecer a escola. Portanto, a escola que frequentei nesse tempo era pública e totalmente tradicional, onde as aulas eram meramente expositivas cabendo apenas aos alunos assimilar a realidade teórica transmitida pelo professor, pois este era o centro do processo de ensino aprendizagem e nós alunos um mero receptor de informações. A educação recebida era a educação bancária criticada por Paulo Freire em seu livro Pedagogia do Oprimido, que é aquele procedimento metodológico que privilegia o ato de repetição e memorização do conteúdo ensinado. O professor "depositava" na cabeça dos alunos conceitos a serem exigidos posteriormente na avaliação.

Lá vem o segudo grau... Hoje Ensino Médio


Então, para cursar o ensino médio conhecido como antigo segundo grau eu optei pelo Magistério, porque eu queria ser professora. Amava ensinar meus irmãos, amigos e bricávamos sempre de escolinha, onde eu era sempre a professora. Por isso, não tive dúvidas na hora de escolher a minha profissão. A minha maior dificuldade nessa etapa foi que não era permitido estudar provas através de questionários e só através do livro, então, eu já estava acostumada a estudar as provas através de questionários, era basicamente um estudo baseado na decoreba. Quando me deparei diante de ter que estudar o capítulo do livro foi aquele desastre... Ufa! Com tanto esforço eu conseguir estudar com o livro. A avaliação era através de notas de provas, testes, trabalhos, enfim uma avaliação somatória. No entanto, como diz Luckesi os professores no seu cotidiano não percebem tal distinção, e quando dizem que estão avaliando, na verdade estão examinando, uma vez que examinar é classificatório e seletivo, e por isso mesmo , excludente. Infelizmente tínhamos uma avaliação meramente classificatória.

Ainda não acabou?
Claro que não!

Quando escolhi prestar vestibular para o curso de Pedagogia foi por apenas um motivo, gostar de ensinar e também por te feito magistério e ter lecionado um tempo. Hoje sou aluna do curso de Pedagogia do oitavo semestre pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Decidir que iria fazer algo mais para ampliar os meus conhecimentos, faço hoje o que gosto, pois não existe nada mais prazeroso do que fazer o que se gosta, penso que o professor deve estudar e ler constantemente de forma prazerosa, senão não irá conseguir passar esse gosto para seus alunos “ o professor que não aprende com prazer não ensinará com prazer.” Snyders (1990)..
Estou muito satisfeita com o curso, pois aprendi muito e acredito que na formação teórica e prática do professor, poderá contribuir para melhorar a qualidade do ensino, visto que, são as transformações sociais é que irão gerar transformações no ensino.
Na hora das reflexões sobre o que eu sabia antes de entrar na Universidade e o que sei hoje ao estar cursando Pedagogia percebo o quanto aprendi e agradeço aos grandes professores, mestres e doutores, que compartilham os seus conhecimentos conosco.
Durante minha formação pude fazer muitas leituras, sobre Emília Ferreiro com a Psicogênese da Língua Escrita, A guerra dos métodos, construtivismo e interacionismo, A revolução do alfabetismo e O saber da criança; sobre a aprendizagem significativa com Faria ; sobre os conceitos e as formas de proporcionar aprendizagem por meio de um planejamento que leva em conta o conhecimento prévio dos alunos a partir da concepção de Ausubel ; Freud e a sua teoria da formação da personalidade; Motessori com Um novo conceito de infância; Vigotsky com história, linguagem, cultura e escola e constituição do sujeito; Piaget com a teoria dos estágios, compreensão do mundo físico e ética e juízo moral; Paulo Freire com A Pedagogia da autonomia, a Pedagogia do oprimido, sujeito dialógico e sócioconstrutivismo e a Cultura do silêncio, entre outros.
Com todo embasamento teórico aprendido pude fazer um paralelo com o conhecimento que adquirir no magistério e o conhecimento que sei hoje. Pude perceber que em muitos momentos na sala de aula, atitudes que tomei diante das situações ocorridas com meus alunos, não seriam as mesmas que tomaria hoje. A minha postura seria outra, uma vez que a Universidade nos possibilita o entendimento do quão é importante a gente fazer uma reflexão da nossa práxis, refletindo a todo o momento as nossas ações. Nesse sentido, Freire, (1996, p. 43) afirma que: “É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem é que se pode melhorar a próxima prática.”